8 de outubro de 2019

O coletivo Esquerda Brasileira na China, composto por quase 90 pessoas espalhadas pelo país, lançou oficialmente neste domingo, dia 6 de outubro, o Comitê Lula Livre na China.

Na carta de intenções divulgada o grupo explica que “o objetivo é envolver o maior número de chineses no debate para que se crie a consciência na China sobre o processo político que levou a prisão a maior liderança de esquerda do Brasil, responsável pela redução de enormes desigualdades e da ampliação das relações bilaterais com a China”, explicam.

Para Mariana Yante, membro do Comitê em Shangai, a iniciativa é resultado do encontro dessas pessoas que começaram a se agrupar desde o processo eleitoral de 2018,e de algumas que se propuseram a estar mais de perto envolvidas com isso, mas o desafio de mobilização e visibilidade na China é provavelmente muito similar ao encontrado no Brasil e em quaisquer outras partes do mundo.

“Uma parte significativa da comunidade brasileira aqui está ora alijada completamente da política (como cidadania), ora aliada a uma agenda econômica pragmática e de curto prazo, que ainda não sentiu os efeitos da atual política externa do Brasil”, afirma Yante.

O grupo que compõe a organização, assim como as pessoas que se identificam com o projeto e a campanha Lula Livre na China, é bastante heterogêneo. “Existem indivíduos envolvidos com a academia, com os movimentos sociais ou que, independentemente de sua atuação, reivindicam a causa Lula Livre como parte das conquistas democráticas e cidadãs cujo retrocesso não querem ver”, confirma Mariana.

De acordo com o coletivo, o desafio é promover o debate sobre o que representa Lula simbolicamente no contexto de cooperação Sul-Sul e, como líder e indivíduo, epicentro das liberdades que o país conquistou, e trazer à tona empatia e engajamento pela causa.

A data de lançamento do comitê foi escolhida, pois “marca quase um ano de quando deveria ter sido a eleição do Presidente Lula em primeiro turno e seu retorno ao Planalto, houvesse real democracia em nosso país”, afirmam.

“O que nos move é a consciência de que toda ajuda neste sentido se soma aos esforços e à vontade de milhões de pessoas e que, portanto, é dever nosso colocar os recursos que estão ao nosso alcance para ajudar.”

“Por enquanto ainda é cedo para se criar quaisquer expectativas. O que nos move é a consciência de que toda ajuda neste sentido se soma aos esforços e à vontade de milhões de pessoas e que, portanto, é dever nosso colocar os recursos que estão ao nosso alcance para ajudar”, afirma Rodrigo do Val, membro do Comitê.

Mas para comemorar a iniciativa o grupo preparou programação especial com direito a exibição do documentário “Democracia em Vertigem”, legendado para o Mandarim, com debate ao final.

lulalivre.org.br