30 de agosto de 2019

Nesta quarta-feira (28), mais de 400 pessoas reuniram-se na Praça das Nações Unidas – Genebra, para um ato de ajuda urgente à Amazônia.

Durante o evento, ativistas de diversas nacionalidades expuseram seis linhas de reivindicação para minimizar os danos presentes e futuros à floresta que é considerada o pulmão do mundo. A saber: apoio primordial aos povos indígenas, boicote aos produtos do agronegócio, desinvestimento às empresas agroindustriais, elaboração de um instrumento internacional para regulamentar as atividades transnacionais, denúncia e não-ratificação do acordo de livre comércio entre AELE e MERCOSUR, e a luta contra o desmatamento na Amazônia, Sibéria, África e Autrália.

Entre os grupos que coorganizaram o evento, estavam o grupo Por Bolívia Me Muevo, Alternatiba Léman, Collectif Break Suisse, Cisia -Nitassinan, Greenpeace groupe régional Genève, Société Pour Les Peuples Menacés, Swiss Youth For Climat, WWF Swiss e o Comitê Internacional Lula Livre Genebra. Na ocasião, o Comitê pôde destacar o que a correlação direta entre a farsa judiciária que colocou Lula da Silva na prisão, para impedi-lo de participar das eleições, e a subida ao poder de Bolsonaro, cujas políticas ambientais têm sido desastrosas para o meio ambiente, para os direitos das populações indígenas e ONGs.

O apoio incondicional e ilimitado ao agronegócio dado por Jair Bolsonaro e seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, atingiu um ponto crítico nesta semana, quando produtores rurais, grileiros e comerciantes organizaram o “Dia do Fogo”, com o propósito de derrubar parte da floresta e plantar pasto.

A ameaça é tão grave que Bolsonaro pode responder, ainda este ano, por crime ambiental e contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, pela negligência no combate aos focos de incêndio.

Além da denúncia, que deve ser apresentada por um grupo internacional de advogados ligados aos direitos humanos, Bolsonaro recebeu sérias reprimendas dos principais líderes políticos ao redor do globo, como o presidente da França, Emmanuel Macron e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Em entrevista à BBC News (29), o ex-presidente Lula da Silva somou-se à onda de críticas, declarando que os responsáveis pelos incêndios “pensam que preservar as árvores para combater o aquecimento global é estúpido. Desmatam como se o Brasil e o mundo não necessitassem de florestas. Em nosso país, a estupidez está elevada ao nível máximo neste governo”.

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Texto, vídeos e fotos: Comitê Lula Livre Genebra