21 de outubro de 2019
Foto: Guilherme Santos/Sul21

A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre prisão política desde o dia 7 de abril de 2018, descartou oficialmente hoje (18), ante a justiça, o regime semiaberto para o ex-presidente, e pediu sua liberdade plena.

‘O ex-presidente reafirmou que não aceita a solicitação do Ministério Público para a progressão de pena (regime semiaberto), porque buscará sua liberdade plena, sua inocência e o reconhecimento de que não cometeu nenhum delito’, disse à imprensa o advogado Cristiano Zanin Martins, após reunir-se esta quinta com Lula, na cidade sulista de Curitiba.

Zanin explicou que o recurso apresentado na quinta tem como base uma medida cautelar, na qual o Supremo Tribunal Federal (STF) institui que o caso Lula não pode ser motivo de nenhuma deliberação até que a corte superior se pronuncie a respeito de um recurso sobre a evidente parcialidade do ex-juiz e ministro da Justiça Sérgio Moro.

O advogado insistiu que a expectativa da defesa é pelo julgamento no STF do habeas corpus sobre Moro e sua arbitrariedade no caso do apartamento triplex no Guarujá (São Paulo) e a consequente anulação da sentença.

De acordo com o fundador do Partido dos Trabalhadores, a solicitação de mudança de regime, que veio de uma carta enviada aos tribunais por 15 procuradores da Lava Jato, seria outra manobra da operação que o colocou na prisão.

Repete a todo momento que quer sair da prisão apenas ‘com cem por cento da sua inocência provada’.

Lula reitera, ainda, que permanecerá na prisão para defender sua honra e continuar com as apelações, ao argumentar que Moro era suspeito de parcialidade no julgamento do seu caso, e que houve uma tramoia para condená-lo, prendê-lo e tirá-lo da corrida presidencial de 2018.

‘Existe uma investigação mentirosa, procuradores mentirosos e sentenças mentirosas. As mesmas pessoas que mentiram sobre mim, porque o cenário político mudou, defenderam que Lula fosse para casa com o prêmio da progressão de sentença. E não quero a progressão de pena, quero minha inocência’

‘Quero que julguem os méritos do meu caso. Ponto’, enfatizou o ex-presidente durante uma entrevista recente com a emissora portuguesa RTP.

Prensa Latina